quinta-feira, 8 de abril de 2010

TORCIDA DESORGANIZADA

Enquanto cresce o uso de crack em Sobral, enquanto o Rio de Janeiro alaga e morrem 153 pessoas onde caiu uma chuva de 14 horas, ontem era apenas mais uma quarta-feira comum no Brasil. Ontem era dia de futebol. Onde moro tem famílias de jogadores de futebol e é impressionante como as mulheres não se sensibilizam com o movimento das torcidas nas ruas de Sobral. Na verdade parecia mais uma briga de gangue. Para que não houvesse brigas entre as torcidas rivais, a polícia precisava escoltar até o estádio um grupo de aproximadamente 100 torcedores até o estádio. Eles iam pela avenida gritando o hino do seu time querido e faziam todas as pessoas saírem de suas casas para ver o que estava acontecendo. Eu jamais havia visto algo parecido na vida. A última vez que eu me lembro de uma manifestação foi quando os estudantes foram usados como massa de manobra contra o governo de Fernando Collor de Melo. Ninguém reclama do preço alto da carne, ou das tarifas de ônibus e se reclama são uns poucos que na verdade acabam brigando sozinhos. Ontem participei de uma Conferência de Saúde Mental em uma cidade aqui no Ceará e a Secretária de Saúde ao ser questionada sobre alguns eventos que ocorriam, respondeu dizendo que nós só sabemos reclamar e não reivindicar, ninguém que dar mais a cara a tapa, esperamos que alguém faça isso por nós. Verdade absoluta.
Aqui teremos os policiais na esquina de uma rua em Sobral, onde do lado direito da foto encontra-se aproximadamente 200 pessoas de um dos times que foram jogar noite passada.DSC01493
















Enquanto isso curiosos param para observar a torcida de um dos times do outro lado da rua.
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O ônibus de um dos times é escoltado pela polícia.
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A torcida chega na esquina do posto de gasolina e de lá já se pode ouvir o hino do time.
 
O trânsito se torna mais lento e os carros impacientes começam a buzinar.


Desorganizadamente atrapalham o trânsito...


Ainda dispersos andam pela Av. Jonh Sanford, os carros da polícia vem logo atrás. Dois quarteirões da rua perpendicular por onde eles passam, está a torcida do time adversário com aproximadamente 200 pessoas. A polícia sabe que eles não podem se encontrar.

Quatro viaturas do ronda do quarteirão escoltam os torcedores.