terça-feira, 18 de agosto de 2009

EU SOU BREGA

Semana passada fui fazer uma prova numa capital e na noite da cidade só se ouve Michael Jackson. Até os forrós!!!!!!!!! Se ele já tem motivo de sobra para se revirar no caixão com os problemas pessoais, imagine ele ouvir o plágio que as bandas de forró fazem com as sua músicas. Tem muitos outros cantores e bandas que são homenageados por esta categoria. Quanta falta de criatividade minha gente! O movimento MJ está em todos os lugares. Na boate, no samba, todo mundo quer uma parte do bolo. O engraçado, é que eu me lembro demais quando ouvia MJ na rádio e pedia para deixar tocar. Tinha sempre alguém para dizer: AFFF você quer ouvir o “Iar Nuô”? Ou qualquer ou música famosa do cantor. Agora ele morreu, é um coitado, tinha uma família terrível e nós ouvimos sua música e adoramos!!!! Me poupe! Quanta falta de personalidade do público. As homenagens são bem-vindas, enfim ele era o rei do pop. Mas me indigna o fato das críticas anteriores... Isso não acontece apenas no mundo musical, acontece também na moda, na política tem sempre uma avalanche de pessoas esperando a próxima moda. E a moda ela passa assim como as pessoas. O ser humano fica esperando pelos outros e acaba perdendo a sua essência real. E todo mundo cantava Bilie Jean, We are the world... Felizes! Só crendo para ver! Pão e circo. Enquanto isso tantas outras coisas acontecendo por aí e a gente cantando MJ. E dizem que o corpo está congelado. Coitado! O que vai ser feito da próxima vez? Um clone? Não duvidem de mais nada. E o Sarney? E todo mundo no Bilie Jean...

VÍCIOS

No Carnaval do ano passado após mais uma crise de estômago que geralmente assola a minha vida decidi parar de fumar. Foi algo que não pensei. Só aconteceu. Geralmente programo e ensaio tudo. Pensei até na dessenssibilização sistemática... Mas essa foi simplesmente do nada. Depois de cervejas, shows, caranguejos, camarões, ostras e afins... Ao invés de voltar para o trabalho, voltei para médico. Chegando lá, fui com o meu pai (como se precisasse, mas não se discute com um homem de 54 que pensa que você ainda tem 10) e o mesmo vendo lá a minha cara arrasada de mais uma consulta sem fundamento - enquanto eu sei que na verdade as combinações afrodisíacas carnavalescas não combinavam com o meu estômago – ele adentrou o consultório. Como de praxe, “o que você está sentindo?”, “o que você comeu?”, “você bebe ou fuma”, “já fez outros exames?”... Tudo respondido como de praxe. O simpático médico de mais ou menos uns 150 quilos, era um doce de criatura e a priori, um excelente gastro. O senhor cinqüentão, ouvindo a história sentado na cadeira do lado completou: “Dr ela ainda fuma!” Como se tivesse algo no contexto que coubesse o comentário. Enfim, ele não perdeu tempo em falar dos malefícios do tabaco, porque se aos 27 se você fuma, ainda é um retardado. Com o silêncio do doutor que na verdade não expressou susto ou fez qualquer referência ao que foi dito, fiquei cá com os meus botões... Eis que fiz a pergunta: “isso pode ter algo a ver?” Aí sim, ele dedicou-se a falar sobre os malefícios estomacais do tabaco. Após a troca de informações sobre o meu estado e as conseqüências do cigarro não tive simplesmente mais vontade de fumar. Logo porque, eu estava sinceramente me sentindo muito mal. Alguns aprendem rindo outros chorando. Eu ainda tinha que me lembrar e me preparar para a minha “5ª endoscopia digestiva alta”. E eu já sabendo que não ia dar em nada. Ninguém fez tantas endoscopias como eu. Meu pai não sabe, mas ele me fez parar de fumar. Estou contando essa história somente porque se você fuma vai saber do que estou falando... daquela fumaça fedorenta e maravilhosa que adentra os nossos pulmões. A combinação com uma cerveja, coca-cola ou café para uns cai ainda melhor. Como não sou mais fumante, não vou ter que me preocupar, por exemplo, se eu quiser fumar vou ter que ir sair do meu ambiente de trabalho para fazê-lo, ou se estiver na boate vou ter que ir para o fumódromo, ou se estiver em um restaurante vou precisar sair para outro lugar. Enfim, que os fumantes sejam extintos! Só queria saber como. Hoje há tantas restrições, que ao invés de medidas preventivas para diminuir o uso do cigarro proibiu-se eles de freqüentarem os mesmo lugares que nós. Isso não será discriminação? Ou será democracia? Outro dia vi no jornal do meio-dia que em São Paulo está ocorrendo uma campanha para que as pessoas não fumem em ambientes públicos porque agora é lei. O que farão os fumantes então? Me diga você.

sábado, 15 de agosto de 2009

A MINHA SÍNDROME DO NINHO ABANDONADO


No meio desse período de viagens inconstantes, desse vai e volta sem fim, descobri que as pessoas estão crescendo. Eu e volto. Quando chego, alguém sai. Tudo só porque as pessoas casam. Quando acontece com um amigo é legal está subindo de nível, quando é um primo você nem sente tanto, mas quando é seu irmão o processador ainda está precisando de pilha. É engraçado como a idade vai chegando e a gente vai lembrando dos momentos engraçados em tom de despedida. E nem é uma despedida! É só uma mudança. Por mais que você ache que não é o momento, nós criamos os filhos para mundo e o mundo toma de conta deles. Assumir isso para os pais é sempre terrível. O mais interessante é a certeza que as pessoas tem das coisas. Essas certezas são importantes para o nosso crescimento pessoal, nos fazem pessoas melhores e mais fortes. Temos que acredita e ter fé em nós mesmos e nos nossos sonhos para que as escolhas que fazemos sigam o rumo que desejamos. Felicidades!!!!

PSICOLOGIA PARA PRINCIPIANTES

A psicologia não explica tudo, mas explica um monte de coisas. Entre as tantas, tem uma que é a minha preferida nos últimos tempos: regras. Engraçado e intrigante como nós criamos regras para tudo. Existem as regras para se vestir, andar, falar, escrever, se comportar... Mas o tipo de regras que falo aqui são as regras que criamos nas nossas cabeças e nos nossos corações. Coisas do tipo: “nenhum homem presta”; “sempre que faço isso desse jeito isso acontece”; “para que fazer isso se eu que já sei que vai dar errado?”; “nesse período, sempre fico estressado(a)”; etc. As causas para criarmos essas e outras regras é porque queremos de algum modo uma explicação para as coisas. Nós queremos justificar principalmente quando algo dá errado ao invés de assumir que estava errado, que não era o momento, que você não estava pronto... Ao invés disso nós criamos as regras. As regras possuem muitas funções nas nossas vidas, mas são mais usadas para justificar um comportamento. O pior, que ao invés de nos utilizarmos delas ao nosso favor acabamos nos prejudicando com pensamentos pessimistas sobre as coisas. Dê a César o que é de César! Não gosto de livros de auto-ajuda, mas sempre que posso compro uns para ter minha opinião sobre o tipo de literatura que mais vende no mundo. Confesso que existem coisas boas e também muitas coisas ruins. Um livro super na moda é aquele “The Secret”. Detalhe: o segredo nunca foi segredo para mim. A autora fala de pessoas bem-sucedidas na vida por causa do pensamento positivo e todo o resto é blá blá blá. Porém, a supracitada tem o dom de ser uma excelente escritora e devo aqui lhe dar mérito por causa disso. Estou citando este livro, porque ele fala também de regras como muitos outros, porém de maneira mais subjetiva. As regras assim como o “ter” pensamento positivos são sinônimos em diversos aspectos. O mais importante de tudo é que tudo isso é uma REGRA. As regras regem as nossas vidas, modelam muitos comportamentos, são conseqüências de comportamentos. E tudo isto está aí na sua cabeça. As regras são construídas a partir do nosso envolvimento com o ambiente, se temos momentos felizes ficamos mais fortes, temos mais coragem para enfrentar as situações da vida. Quando temos momentos infelizes, quando nos frustramos ficamos tristes e nos deixamos ficar fracos. Somos seres humanos. E somos assim. Construir regras é um costume nosso. O importante é saber diferenciar o que é saudável e o que não é. As regras que criamos nesses momentos infelizes, ou nas experiências mal-sucedidas possuem tanta força quando o pensamento positivo do “The Secret”. Quando as regras que são conseqüências dos momentos ruins começam a limitar nossas atividades, preocupe-se: você criou uma regra ruim para você. Não vou garantir que você vai ser uma pessoa bem-sucedida como no livro, mas com certeza vai se permitir mais. Se nesse momento você se lembrou de alguma regra que você criou sobre algo na sua vida reavalie-se. Crie a regra do “pensamento positivo” com certeza você terá mais ânimo para que as coisas aconteçam para você. Não esqueça também o maior índice de pessoas satisfeitas com a vida são aquelas que mesmo tendo adversidades não desistiram dos seus sonhos. Ainda vou escrever um livro... Quem sabe não fico rica?

domingo, 2 de agosto de 2009

ADULTESCÊNCIA


Dentre as muitas aventuras que tenho curtido a última é ser tia de três criaturinhas lindas: Mirna, Bianca e Beatriz. Tenho sentindo saudade do consultório, dos meus pacientes... A maioria sempre eram crianças. É divertidíssimo! É dificílimo! O importante do trabalho é que ele seja divertido. Semana passada em um passeio à residência de uma amiga, lá estavam as três crianças brincando e eu catando feijão... Não demorou muito para eu lembrar que eu adorava quando a mamãe pedia para eu catar feijão ou arroz (poucas pessoas fazem isso hoje em dia) e eu me via em uma guerra com o que tinha que catar. Muito divertido! Bom, depois desse flashback descobri que a minha paciência para desenho animado (eu que sempre fui uma fanática!) está acabando... Já não consigo passar mais tanto tempo em frente da TV. Isso me preocupou, porque das duas uma: ou os desenhos já não são mais como eram antes ou definitivamente, ou pior, estou realmente crescendo. Um dos malefícios da vida adulta é para mim, e não rir e se divertir um tempo vendo os desenhos. Essa semana assistindo um desenho, tive vontade de mudar de canal. Lembro dos tempos áureos do Bob Esponja, Meninas Super-Poderosas, Digimon (a primeira temporada e a segunda ainda dava para assistir), "As três espiãs demais", ainda vejo o Espetacular Homem-Aranha, mas o roteiro nem é tão infantil assim. Os desenhos mudaram mesmo. Nesse ponto não quero crescer. Quero a graça da Sailor Moon, as guerras dos Cavaleiros do Zodíaco e ainda sinto uma saudade horrível da Sakura Card Captors. SENSACIONAL! Por favor, alguém me salve!