terça-feira, 3 de agosto de 2010

Conversas sobre o nada

Esta semana está lenta e eu cada vez mais impaciente. Owww vontade louca da sexta-feira, do nada e do tudo ao mesmo tempo. Quero viajar ontem. Quero ver a bendita ópera. Quero o cheiro do novo. Quero os livros na mesa. Quero tempo também.


Tento rebobinar a fita e na verdade nem dá mais para ouvir o que está lá. Sinto falta de casa, isso é um fato. Quero minha cama de 2 m de altura, cama de solteira sem esperança de visita, meu edredon quadriculado, minha TV de 200 canais, minha escrivaninha, minha estante com os livros que ainda não li (mas até juro que um dia ainda termino), meu bonjovi, minhas medalhas, meu espelho, minha infinita maquiagem, minhas fotos (como sinto falta delas...), minhas amigas, meu amigos – inclusive os que ainda não conheci e até aqueles que não vejo há muito tempo, quero Nina, Anita e Shiva. Casa é casa, você só tem uma não importa onde você está.

UM BRAÇO + UM BRAÇO = ?

Amiga, eu sei que vai passar, foi só ontem. Mas você não acha que está tudo na sua cabeça, que está tudo na NOSSA cabeça? Podem vir carros bacanas, roupas bacanas, corpos bacanas... mas do que adianta se ainda não há uma mente bacana? Quanto mais duras somos com nós mesmos, mais exigentes ficamos. Do mesmo modo que exigimos as coisas da vida seremos exigidas, talvez até pior. Podem surgir mil viagens, nós podemos ir para Saturno - e ainda iremos - mas o que está no nosso coração ainda é o que vale. A paz de espírito é nós quem decidimos se vamos ter ou não, e isso amiga, não vai ter viagem que resolva. Nós somos o que somos e por mais que queiramos esconder dos outros, uma hora a casa cai. Um braço, ou dois braços para aquietar o juízo. A busca implacável e "justificável" uma hora vai acabar, eu tenho certeza, você não?

TURN BACK

Sou uma nostálgica assumida, e sinceramente nessa fase de estagiária a balzaquiana tenho me deparado com coisas para lá de nostálgicas. Dizem que se chega um momento da vida em que você vai se lembrando das coisas que passaram e reflete sobre elas. Tenho aprendido tanto esses últimos meses! Só, somente só, sozinha, alone, lonely comecei a entender tudo o que foi me pedido. Gostaria de poder dizer isso para quem me pediu, mas não posso. Não me sinto arrependida, se é o que parece, mas o ritmo de cada ser humano é ímpar. Em muitos momentos é preciso viver para saber o que há.

Descobrindo...

Quando acordei e olhei para o lado outro dia pensei: "quanta diferença!" Não que isso tenha alguma coisa de parecida comigo, mas estava lá. Na verdade ando realizado muitas coisas que me foram "impedidas" nos últimos tempos. Estou amando descobrir esse mundo novo. Não sou uma amadora, como a outra que se descabela por uma noite sem um braço. Mas também já tive meu momento ruim. Hoje é diferente. Avaliando a "passagem integral da ocupação mental" fico pensando no tempo quase perdido, nas noites mal dormidas, das horas pensantes, dos minutos inconstantes. Sinto que estou voltando a colocar o pé no chão, mas ainda sou impaciente, quero o ontem, o agora, o amanhã, o já. Quero o cavalo celado passando novamente. Quero vento na cara e cabelo voando. Quero continuar ofegante. Nunca tomei ácido, mas Xico, deve ser assim, como você disse. Ainda não estou pronta, existem coisas mais importantes agora, mas a "passagem integral da ocupação mental" ainda é um túnel bem comprido, pelo menos anda bem iluminado.