O trabalho – alguém disse – “dignifica o homem”. No meu caso, diverte o homem. Quando nós descobrimos de verdade o que gostamos de fazer nos completamos por inteiro. Apesar da rotina que nos consome, o trabalho precisa ser divertido. O meu, por exemplo, é divertidíssimo! Todos os dias eu tenho a possibilidade de mudar! Não estou sentada em uma cadeira de consultório, mesmo eu adorando isso, mas no meio das pessoas. A possibilidade de trabalhar com grupos tem me deixado muito feliz e surpresa com os resultados. Como as pessoas tem histórias para contar! No final do mês passado, tinha uma reunião com um grupo de mulheres mães de alunos de um determinado programa do MDS. Lá no meio das nossas discussões, com os seus relatos e tudo mais, percebi como os adolescentes estão cada vez mais soltos nas classes baixas. Os pais não conseguem controlar os filhos! Eles saem e não dizem para onde vão, não estudam e nem querem mais, muitos cabulam aulas para jogar bola, namorar, usar drogas... É engraçado como eles escorrem pelos seus dedos. Quando questionadas elas não dizem nada. Não sabem como fazer. Quando você tem um filho que você paga o colégio, o inglês, o sapateado, a boate você diz: “Se você não estudar você não vai ter mais nada daquilo que você gosta.” Os pais controlam o comportamento baseado naquilo que o filho não poderá mais ter, como por exemplo, a liberdade de se divertir. Quando você é um pai que não paga, mas na verdade você ganha para que seu filho esteja na escola as coisas se complicam. O dinheiro compra o comportamento?
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