segunda-feira, 7 de junho de 2010

GARÇOM, O MENU POR FAVOR.

Todo mundo tem talento para alguma coisa nessa vida, o meu é falar. Falo demais sempre. Os amigos tem mania de brincar dizendo de como deve ser uma consulta comigo, “será que você dá tempo e espaço para o paciente?” Meu terapeuta, diz que quando eu falo crio uma imagem na cabeça das pessoas muito forte. A palavra, muitos dizem é um dom. Levando em consideração língua, dentes, paladar, pensamentos, palavras tem uma coisa que eu gostaria de saber descrever com precisão: o sabor das coisas. Você já leram um menu?



Não um menu desses:

Churrasco completo ............................................................................................ x reais
(farofa, vinagrete, arroz à grega, 250 g de picanha, 250 g de frango, 250 de coração, 250 de linguiça)

Esse não. Esse:

Churrasco completo ................................................................................ muito mais “x” reais
Farofa: fritada no azeite de oliva extra virgem, temperada com cebola, alho e corante.
Vinagrete: vinagre de maçã, suco de limão, azeite de oliva, tomates vermelhos maduros, pimentões amarelos, verdes e vermelhos brilhantes, cebola roxa, uma pitada de sal ao seu gosto
Arroz à grega: arroz temperado com cebola, alho e uma pitada de páprica picante; colorido com cenoura e pimentão vermelho cortados carinhosamente em cubos pequenos; para um tom adocicado, passas silvestres; presunto de peru defumado; raspas de gengibre e para finalizar azeitonas pretas.

 


250 g de picanha: argentina maturada, puxada em ervas finas, dormida em molho especial por 5 horas, assada separadamente envolta em papel alumínio.
250 g de frango: ....
250 de coração: ....
250 de lingüiça: ...

Enfim, vocês sabem o que estou dizendo. Um menu, seja lá de onde for, precisa contar a verdade para o consumidor. Acredite, a fome aumenta. Digo isso, porque há uns meses atrás fui a um restaurante na serra da Meruoca e no menu tinha algo parecido com isso. Adorei o puxado no molho num sei que, regado à blá blá e outras cositas más! Não precisa ser caro para ser bom. Impressiona as papilas gustativas toda a maciez da picanha, regada ao próprio sangue, na medida certa com aquele bendito filete de gordura que nem mesmo a corrida na esteira tira da barriga ou adjacências corporais. Na verdade, as pessoas comuns nem pensam nisso, geralmente com aquele pedaço de carne do garfo, passa no sangue do prato, coloca na farofa e nham nham nham nham... Língua, dentes, pensamentos, lembranças... E nada de esteira amanhã, eu quero é mais caninha!!!!!

Tem gente que insiste o que é bom engorda! Eu acredito.

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