Querida ‘amiga da meia-noite’, mais uma vez nos colocamos aqui jaz, um corpo estendido no chão. Defina-se então! Rimas à parte, eis que filosofar sobre o assunto, você sabe que não tem sido fácil. Desde que o mundo é mundo – se é que ainda é mundo devido às contigências atuais – nos aproximamos daqueles com quem nos assemelhamos. Quando nos perdemos no meio de tanto altruísmo, lá nos vem as mesmas perguntas de sempre: ‘onde foi que eu errei?’ Se partimos do pressuposto supracitado, de que semelhante atrai semelhante, não há motivos para nesse relacionamento fraterno nos permitir esses questionamentos. A vida está aí e isso nunca deixará de existir. Há de se considerar, que nós só somos amigos daqueles os quais nos querem. Ou você alguma vez ficou desejando horas a fio ser amigo(a) daquele(a) fulano(a)? No amor as coisas são completamente diferentes. Você nunca falou com ele(a) e a criatura está lá cavalgando nos seu sonhos como em algum conto erótico de Rachel Green, escondido debaixo do seu travesseiro. Desde a tenra infância somos desencorajados(as) a saber que não há compensações no amor, ou é ou não é. Seus amigos podem passar dias sem lhe ligar, mas você sabe que eles ainda estarão lá por você. Experimente isso com a tal criatura do seu atual ‘desdém’? Provavelmente, como na música de alguém, “(…) você planta e vem uma vaca e acaba com tudo”. Filosofia de forró, bem nordestino. Uma amizade perdida, dependendo de como for, foi só uma amizade. Um amor perdido, tem a dor da morte de um ente querido sentida. Embora a amizade tal qual o amor possua lá sua desavenças, esta nunca é UNILATERAL como o amor o é. Quantos dias você passou pensado que pessoa “a”, “b” ou “c” iam lhe ligar? Ou porque você tomou literalmente um porre porque viu ele(a) ficando com outra(o)? É através da amizade que passamos a ter o primeiro sentimento de autonomia. Freud diria aqui que a primeira ilusão amorosa que tivemos foi quando descobrimos ainda crianças que não somos os olhos e os ouvidos de nossas mães. Esse rompimento edipiano nos faz buscar valor em outras pessoas, por isso a existência do elo da amizade. É através dela que sabemos que há uma continuação de amor não correspondido. Caso clássico para isso, serve para aquele(a) que se isola durante o ‘amor’, se separa dos amigos e mesmo depois que volta lá estão eles, nem que seja para lhe jogar na cara a verdade nua e crua e ainda em sinônimo de altruísmo – por terem sido deixados para trás – acalantar o seu pranto.
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
MAIS UMA …
Eu sempre acordo cedo, adoooooorooooooo acordar cedo. Tem coisa mais maravilhosa? Tem dias que invejo as pessoas que dormem até meio-dia, mas sinceramente não é para mim. Ontem, me balançando na minha redinha, sentindo o frio da manhã, um telefonema às 09:00 da manhã, mais uma vez me surpreende… Não que seja ruim o “um morto” lhe ligar, que você inclusive tem muito respeito pelos mortos – mas precisa revelar tanta falta de classe? Não sei porque, algumas pessoas depois que fazem a passagem fica apegadas a determinadas coisas aqui na Terra. Esse por exemplo, tem um desejo específico. Tudo bem, você pode manter um contato com o além, eles estão do outro lado, podem por vezes ver as situações de maneira melhor do que você. Nunca escondi como tenho medo de assombração, isso é um fato, principalmente quando há terceiros elementos envolvidos nisso. Depois que você decide enterrar “um morto”, decisão essa que deve ter no mínimo embasamento teórico e ciêntífico – precisa-se praticar o desapego total e absoluto. Há quem goste de manter em stanby, mas eu mesmo não! Já dizia Xico Sá, risque meu nome do seu orkut!
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Peça de teatro de botequim.
domingo, 5 de setembro de 2010
Por isso admiro “ele”.
Para sempre Xico Sá!
Para entender a pessoa amada
“Eu não trairia um marido porque, quando olhasse para ele, teria de dizer: “Pô, mas esse cara é um corno!” (Danuza Leão, em O Amor de Mau Humor, de Ruy Castro).
Xico Sá escreve para o site yahoo.
INTERNAUTAS…
No nosso mundo ‘moderno’ passamos boa parte do nosso dia aqui, escrevendo, se informando sobre as notícias, fechando negócios, jogando video-game, fazendo uma conferência… A Internet aproximou muito as pessoas e também as afastou. Por causa disso os tímidos a usam como arma para flertes, dizer o que pensam e outras coisinhas mais. Como toda tecnologia – que particularmente eu amo – tem seu lado bom, a internet também tem seu lado ruim. As pessoas se escondem através dela, ou se revelam. Muito do que há aqui você não pode dizer o que é verdade e o que não é. Os segredos revelados aqui através dos mais diversos bate-papos existentes são inúmeros, alguns cada vez mais intrigantes. Se eu conto, ninguém acredita! É aqui que se relevam os desejos mais proibidos e outros nem tantos. O que se pode dizer dos sites pornográficos que crescem incansavelmente, atraindo cada vez mais ‘admiradores’? É aqui que ainda é dito o que não se tem coragem de dizer pessoalmente, porque é muito difícil – e sempre foi – encarar determinadas verdades e decepções. É melhor mostrar um emotion. Emotion é claro: emoção. E essas carinhas fofas que cada dia caem mais no gosto dos adolescentes, jovens e até mesmo dos adultos representam algo que não pode ser dito, visto, sentido no cara a cara. Esconda-se. Prenda-se. Fuja. É nas conversas constantes que tenho percebido as máscaras que criamos diariamente com tanta força. Tem dias que nem sei mais quem são as pessoas do outro lado, quando você menos espera está lá mais algo surpreendente acontecendo…