sábado, 7 de novembro de 2009

UMA QUESTÃO FILOSÓFICA

Depois de apresentar os meus trabalhos que por sinal, preciso melhorar ainda muito para chegar onde quero, resolvi retornar para casa. Após uma semana viajando sem parar, decidi que mereço acordar pelo menos meio-dia. Olho para os meus pés e os vejo ainda inchados de caminhar de um lado para o outro e das viagens de ônibus insuportáveis! Decidi pegar um táxi de casa para a rodoviária, mas o dinheiro estava no banco. O motorista muito educado por sinal, conduziu-se até o caixa eletrônico mais perto e eu me desculpando o incômodo porque estava a dias viajando e cansada não pude ir ao banco sacar dinheiro. Ele olha para mim pelo vidro do retrovisor e manda a pergunta: “ A selhora é casada?”, eu respondo: “Não.” Ele continua: “Se a minha mulher viajasse como a senhora eu já a teria largado!” E soltou uma risada enorme dentro do carro. Eu, para pelo menos uma vez não contrariar o “simpático” motorista, deixe ele lá tendo o seu momento de comediante. Mas não resisti, contei que era psicóloga e atendia casais e que o comportamento feminino tem mudado muito ao longo dos anos. Síndrome de Simone Bevouir. O tal motorista ao ver o meu discurso começou a ficar preocupado, porque ele tem uma mulher em casa e duas filhas e ficou me perguntando: “É mesmo é?” Para piorar ainda a situação decidi contar que nas últimas pesquisas realizadas as mulheres têm investido mais no sexo casual, independente de estarem envolvidas ou não com plano b. Enfim, ele disse que isso era um absurdo, como podiam as mulheres fazer isso? Segundo ele, o mesmo passara a ficar mais preocupado ainda. E o meu trajeto mais divertido. Ele tinha em casa “duas princesas” e se essas “princesas” começassem a fazer isso? As pessoas precisam se preparar. Meu irmão brinca, dizendo, no auge do seu feminismo, que já está se preparando para caso seus filhos sejam todos bissexuais porque tem aumentado bastante o número de bissexuais no Brasil e no Mundo. Imagina essa possibilidade no motorista de táxi? Algumas coisas nunca irão mudar. O machismo por exemplo, nada mais é do que algo literalmente cultural. Ao mesmo tempo me deparo com as adolescentes de classe baixa que se “juntam” com outro adolescente e vão morar sozinhos. Os pais perdem o controle dos filhos. Não existe uma regra. Mas me impressiona como o taxista deverá chegar em casa hoje com tantas informações na cabeça. Ele disse que assim não dá mais para confiar em ninguém. Mas ele não deve ter peso na consciência quando dorme com outra, e acha isso normal. Quando desci do táxi ele remeteu: “Então, a senhora não quer casar, porque sabe de tudo isso, nem deve dormir à noite!” Eu respondi: “É sabendo do que eu sei que eu acredito que devemos dar a opção da dúvida!” Nordestino é mesmo tudo igual. E lá fui eu com 200 kg de bagagem trocar minha passagem para voltar para casa, só pensando na minha rede ao lado da janela e o ventinho maravilhoso entrando… zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz….

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