domingo, 31 de janeiro de 2010

[ LUTO ]

Logo ontem às 10:45 recebi ligações de Teresina e para ser de quem eram as ligações, coisa boa não podia ser tão cedo. Ansiosa ao retornar a ligação eis que me veio a triste notícia: um amigo querido havia falecido de acidente de carro. Na verdade depois de uma grande festa de sua sobrinha, ele estava voltando para casa. Faleceu bem perto de casa. Tinha uma boa condição financeira, estudo, um doce de criatura, bem educado, simples de natureza e também teve um grande amor. Me lembro dos ciúmes do meu namorado ao ver aquela criatura, bonita, simpática e que gostava de conversar. Ele representava perigo para os outros homens quando estava por perto. E quem não teria? Com tantas qualidades ele sempre era um perigo. Da última vez que nos encontramos ele falava da sobrinha e das coisas que ela gostava, tinha aquele brilho no olho terrível de quem vai dominar o mundo. Tinha também uma saudade no olho que somente eu e poucas pessoas sabiam do que era e parecia que nunca ia acabar. Era um apaixonado pelo amigos e principalmente pela família. Gostava de lembrar dos tempos de Piracuruca, das pessoas na prainha, das brincadeiras e dos amigos de infância. Ele queria mais. Toda essa história, me fez lembrar de como perdi alguns amigos, ou foi suicídio ou acidente de trânsito. Tem na verdade poucos meses que completou um ano, do falecimento do meu primo em Floriano, também acidente de carro. Muito parecido com a situação do meu amigo atual. A impressão que eu tenho que cada vez está chegando mais perto, o Deoclécio era o mais próximo de todos até o momento. Posso rezar por ele e pelo outros, mas mesmo assim, eles já se foram. Ainda me preocupo com os que ainda estão aqui. A minha geração não é a coca-cola, mas metropolitana. Teresina cresce verticalmente e horizontalmente e com ela outros números aumentam. Me preocupo com a falta de conversa verdadeira entre nós, sem esconder a realidade da nossa vida. Precisamos de ajuda isso é um fato. Ainda é uma sensação terrível imaginar que “ele” foi embora, é surreal. Nós sempre pensamos no que as pessoas poderiam ter feito ainda, porque vão embora tão cedo... Nunca teremos as respostas certas. Nós escolhemos o nosso caminho. Sejamos mais vigilantes com os nossos amigos, precisamos estender mais a nossa mão. Todo de dia tem um padre para falar da união da família, “pais ouçam os seus filhos!” e “filhos escutem os seus pais!”. Para o queridíssimo Deoclécio Cassiano, mando um abraço apertado daqueles que ele sempre dava quando nos encontrávamos, uma gargalhada maravilhosa e um “tchau a gente se vê por aí”, você pode apostar. Infelizmente não pude estar aí para lhe dar esse tchau, devido à distância no momento, mas mesmo assim: vá com Deus Deo.

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